William Blake
O poeta e artista plástico inglês William Blake nasceu em Londres, capital da Inglaterra, no Soho, famoso bairro londrino, no dia 28 de novembro de 1757. Nesta cidade ele passou boa parte de sua existência. Seu pai era um próspero comerciante, um produtor no ramo da confecção, enquanto sua mãe zelava pela formação dos quatro filhos.
William dedicou boa parte de sua
infância à leitura e ao desenho. Ao completar dez anos ele entrou em uma escola
de desenho e passou a produzir estampas em reproduções de imagens de objetos
antigos da Grécia, adquiridas pelo seu pai, e a criar ilustrações para poemas
escritos por ele mesmo. A Sagrada Escritura era sua mais dileta inspiração.
O artista afirmava ver, desde cedo,
anjos e outras figuras celestiais à sua volta, os quais ele reproduzia em sua
obra, tanto na pintura considerada de natureza fantástica, quanto em seus
poemas ilustrados. Aos quatorze anos, em agosto de 1772, ele se tornou
discípulo do célebre estampador James Basire. Ele permaneceu a seu lado até
completar 21 anos, tornando-se graças a esse convívio um exímio artista.
Neste período Blake também iniciou
suas pesquisas e obras sobre as igrejas londrinas, especialmente sobre
a Abadia de Westminster, com seu estilo gótico, que o impressionava
vivamente. O resultado deste empenho do artista foi a realização de estampas
nestes templos, principalmente nesta catedral, trabalho no qual seu talento se
desenvolveu de forma acentuada.
Ao final deste aprendizado, ele
ingressou na The Royal Academy, consagrada escola de arte
londrina. Ele conquistou uma bolsa integral, mas teve que custear o material do
curso ao longo de seis anos. Suas concepções sobre a arte floresceram nesta
época, imprimindo-lhe idéias próprias, constantemente contrárias ás de seus
mestres e companheiros.
A produção artística de Blake teve
como cenário um momento histórico único, o desenvolvimento dos ideais
iluministas e a eclosão da Revolução Industrial inglesa. Ele encontrou uma
paisagem literária completamente adaptada às imposições sociais, aos padrões
clássicos do período ‘augustano’. William Blake divergiu desse conformismo e,
seguindo o ideário romântico, não fechou os olhos para a miséria, o sofrimento
humano e as terríveis injustiças que ele encontrava a sua volta.
Ele se tornou o pioneiro no
Romantismo inglês, além de atuar nas artes plásticas e como impressor,
tornando-se igualmente um dos principais gravadores da Inglaterra. Seus
primeiros poemas foram publicados em 1792 na obra intitulada Poetical Sketches.
Em sua poesia ele apela particularmente ao recurso métrico do verso em branco,
uma peculiar marca da era Elizabetana.
Algumas de suas poesias, porém,
foram lançadas de 1784 em diante, entre elas ‘Song of Innocence’, ‘The
Book of Thel’ e ‘The Marriage of Heaven and Hell’, impressas e
estampadas pelo próprio artista com a parceria de sua esposa, Catherine
Boucher, a quem ele alfabetizou e iniciou na arte tipográfica.
William Blake produzia não só as
ilustrações de sua obra, mas igualmente a de seus companheiros. Entre seus
principais trabalhos estão as ilustrações de clássicos como "O livro de
Jó" da Bíblia, "A Divina Comédia" de Dante Alighieri –
tarefa infelizmente suspensa por sua morte, que o colheu em meio a esta prática
exaustiva, que o levava a ignorar suas terríveis condições de saúde – entre
outros.
A genialidade de Blake foi
reconhecida apenas depois de sua morte, pois em vida ele era visto pelos outros
como um excêntrico que se empenhava em combater o avanço da Ciência e da razão,
enquanto afirmava dialogar com os anjos que o acompanhavam desde a infância.
Atualmente, na Austrália, um prêmio de natureza religiosa é anualmente entregue
em honra ao seu trabalho – o Blake Prize for Religious Art (Prêmio Blake para
Arte Sacra).
FONTE: http://www.infoescola.com/biografias/william-blake-2/
Postado por Adélia Ferreira
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